Grupo de História das Populações

Investigadores Projecto Espaços Urbanos

 

MILHEIRO, Maria Manuela de Campos - Braga. A Cidade e a Festa no Século XVIII

Em Portugal são muito recentes os estudos sobre a Festa Barroca, mas o interesse por este tema tem sido justificado pela publicação de trabalhos de investigadores e pela realização de um Congresso em 1992.

No entanto, todos estes trabalhos, ainda não conseguem dar uma visão completa de conjunto do que foram essas festas, fenómeno grandioso e efémero, rico de significado com a sua fantasia bizarra e cheia de criatividade. A maior parte dos trabalhos publicados dão-nos a conhecer as festas régias ou aquelas que se realizaram em honra da Família Real, na capital e em cidades e vilas portuguesas. Outros referem festividades de caracter religioso, político ou popular.

O fascínio que sentimos pelo Barroco e o estímulo dado pela leitura dessas obras, levou-nos a empreender o estudo da Festa Barroca, em Braga, ao longo do Século XVIII.

Braga, cidade dos Arcebispos, foi palco de festas brilhantes que podiam rivalizar com as realizadas na Corte. Os Arcebispos, Senhores de Braga, eram sempre de alta estirpe ou mesmo de sangue real. Servidos por uma numerosa Família, viviam num Paço faustoso onde a Festa era vivida em celebrações religiosas, recepções e Academias poéticas.

As fontes de que nos servimos foram essencialmente os fundos de Manuscritos do Arquivo da Câmara Municipal de Braga, do Arquivo Distrital de Braga, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, da Biblioteca da Ajuda, e da Biblioteca Nacional de Lisboa. A grande maioria destes documentos são inéditos.

Encontramos ainda alguns trabalhos iconográficos de grande interesse. Consultamos também obras impressas do Século XVIII e a Gazeta de Lisboa.

Utilizamos a leitura de trabalhos sobre a Festa Barroca, recentemente publicados por investigadores estrangeiros, que nos deram uma visão mais global das celebrações festivas nos seus diversos planos, religioso, político popular e cortesão, com perspectivas diferentes e, por esse motivo extraordinariamente enriquecedoras.

Pensamos com o nosso trabalho, ter contribuido para o alargamento do estudo e compreensão da Festa Barroca em Portugal.

Resta-nos apresentar os nossos agradecimentos. Eles vão em primeiro lugar para o Ex º Senhor Professor Doutor Eugénio dos Santos, pelo interesse com que acompanhou o nosso trabalho, sempre pronto a auxiliar-nos com os seus conselhos e sugestões.

Para a Senhora Professora Doutora Natália Ferreira Alves, que nos ofereceu sempre o seu estímulo carinhoso, dando-nos a força necessária para prosseguir o nosso caminho, nos momentos mais difíceis.

Queremos de uma forma especial expressar a nossa profunda gratidão ao Senhor Professor Doutor Jaime Ferreira Alves, nosso Orientador, pela amizade e compreensão, de que nos deu sempre provas, pondo à nossa disposição a sua biblioteca e prestando-nos todo o precioso, constante e assíduo apoio, sempre estimulante, o que tornou possível a consecução deste trabalho.

Para o Ex º Senhor Cónego Melo, que nos abriu as portas do Tesouro da Sé e do Paço Episcopal, permitindo-nos fotografar as peças necessárias para ilustrar o nosso texto.

Agradecemos ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, à Biblioteca Pública Municipal do Porto, à Biblioteca da Faculdade de Letras do Porto e à Biblioteca Nacional de Lisboa a gentileza com que sempre nos receberam.

Estamos particularmente reconhecidos ao Arquivo da Câmara Municipal de Braga, Arquivo Distrital de Braga, Biblioteca da Ajuda e seus colaboradores pela simpatia que sempre demonstraram pelo nosso trabalho e pelo bom acolhimento que sempre nos dispensaram. Ao meu amigo Eduardo Pires de Oliveira, que nos ajudou a conhecer melhor o espólio do Arquivo Distrital de Braga. Ao Senhor Luís Costa e Senhora Dª Margarida do Arquivo da Câmara Municipal de Braga.

Para a Pintora Maria Augusta Araújo, pela amizade que sempre nos demonstrou e pela colaboração que nos ofereceu.

Ao meu irmão José Maximiano pela sua disponibilidade e pela sua arte fotográfica.

Para a Universidade do Minho e de uma forma especial para o Instituto de Ciências Sociais que nos concederam as condições necessárias para a nossa investigação.

Para a Senhora Professora Doutora Norberta Amorim e ao Núcleo de Estudos de População e Sociedade (NEPS) da Universidade do Minho que tornaram possível a publicação deste trabalho.

Para os meus colegas e para todos aqueles que, de qualquer forma, nos ajudaram a levar a bom termo a nossa tarefa, a nossa maior gratidão.